domingo, abril 23, 2017

O socialismo bolivariano: Dies Iræ (29 fotos)

A portuguesa Maria José de 34 anos, conhecida nas redes sociais como "Senhora Liberdade"
Os protestos na Venezuela sobem de tom — em confrontos nas ruas de Caracas já morreram pelo menos 12 pessoas, outras 8 morreram no decorrer do assalto à uma padaria — a versão oficial fala em choque elétrico de um cabo de alta tensão, a verdade é desconhecida.
"Senhora Liberdade", Maria José foi detida pela polícia, mas libertada mais tarde, ela se encontra bem
No momento, nas ruas aos manifestantes políticos se juntaram os saqueadores – na maioria das vezes, os cidadãos comuns que simplesmente não têm nada para comer. Eles não assaltam as lojas com aparelhos electrónicos, roupas ou jóias, o seu alvo são os supermercados, padarias e cafés, os locais, onde se vende a comida. As autoridades chefiadas por Maduro acusam a oposição, argumentando que essa é “a verdadeira face da oposição, tentando semear o caos no país”, a oposição afirma que sob o disfarce de saqueadores, muitas vezes, agem esquadrões de polícia à civil, a fim de justificar “a mão dura” contra os manifestantes.

02. A foto de um talho / açougue saqueado em Caracas. A Venezuela realmente passa um momento muito difícil com dinheiro e com a comida, muitos só conseguem sobreviver graças aos parentes que vivem e trabalham no exterior e ajudam os seus familiares que vivem sob o “socialismo bolivariano”.
A crise começou desde a época do Chávez, quando toda a economia de Venezuela tinha sido focada em exportações de petróleo, as outras áreas de negócio eram apertadas e controlada pelas autoridades. Após a queda dos preços dos hidrocarbonetos a economia venezuelana, focada na redistribuição dos “petrodólares” entrou em colapso momentâneo.

03. As prateleiras vazias de um supermercado saqueado, tudo foi varrido. Ficaram as caixas e pacotes rasgados de comida.

04. Uma mercearia após o saque noturno, nenhuma caixa ou pacote ficaram inteiros.

05. Nas imediações as pessoas procuram alguma comida nos restos de embalagens:

06. Um jovem achou alguma apa, reparem nas faces de outras pessoas:

07. Mercearia familiar totalmente saqueada.

08. A padaria, onde morreram 8 saqueadores.

09. Possivelmente poderiam ser abatidos pela polícia, que depois colocou a culpa num acidente.

10. A polícia usa as lançadoras de gás lacrimogéneo que permitem cobrir as longas distâncias:

11. Os manifestantes respondem com bombas incendiárias improvisadas, lançadas com auxílio de uma catapulta:

12. Uma fisga improvisada que lança os engenhos incendiários, operada por três pessoas:

13. As fisgas tradicionais também são usadas:

14. Combates urbanos:

15. Uma mulher ferida:

16. A detenção de um ativista no decorrer do avanço policial. No total já foram detidos mais de 1000 manifestantes.

17. Os manifestantes contam que polícia à civil também usa os engenhos incendiários contra os manifestantes, possivelmente se passando de “povo bolivariano”. Na foto o engenho atinge os manifestantes:

18. Um rapaz ferido:

19. Os manifestantes tentam construir as barricadas nas ruas de Caracas:

20. A polícia ataca as barricadas, usa os canhões de água:

21. Combates urbanos:

22. Polícia feminina:

23. Uma mulher de joelhos pede a polícia para não atacarem:

24. Operador de lançamentos de granadas de gás lacrimogéneo:

25. Paralelamente, nas cidades venezuelanas decorrem as pacíficas “marchas silenciosas” — em memória dos que morreram no decorrer das manif. Lilian Tintori (38), a esposa do líder de oposição Leopoldo Lopes, preso, se dirigiu publicamente ao presidente venezuelano:
Nicolas Maduro, somos uma marcha pacífica. Não temos as armas. Nós não acreditamos que os problemas podem ser resolvidos por meios violentos. Nós resistimos porque queremos paz e tranquilidade. Queremos estar com as nossas famílias. Nós não queremos que os venezuelanos sejam obrigados a roubas por causa de fome. Queremos que tenhamos comida e remédios”.

26. Na Venezuela tudo está apenas começando.
Fotos@: Marcos del Mazo/LightRocket | Carlos Becerra/Anadolu Agency | Federico Parra/AFP | Ronaldo Schemidt/AFP | Juan Barreto/AFP | Reuters | TextoMaxim-nm

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