quinta-feira, abril 27, 2017

As lamúrias do Lusvarghi: o terrorista brasileiro preso na Ucrânia

Um dos comparsas do terrorista brasileiro Rafael Lusvarghi, detido na Ucrânia desde 6 de outubro de 2016, pelo seu envolvimento nas actividades terroristas no leste do país e condenado aos 13 anos de prisão, acaba de anunciar a recepção de uma carta, alegadamente escrita pelo próprio Rafa Lusvarghi.
De esquerda para direita: 2º é Ortege (de preto) e último é Lusvarghi pousando com um gesto
considerado anti-semita, uma espécie de "zieg" pós-moderno, um quenelle, oficialmente
O propagandista pró-terrorista, André Drumond Ortega, promete no seu Facebook que o conteúdo da carta será publicado em breve, adiantando que no texto Lusvarghi esclarece os seus posicionamentos, as suas motivações, denuncia as autoridades brasileiras e ucranianas.
O mesmo Ortega algures na Ucrânia ocupada, armado e em fardamento militar,provavelmente tentará argumentar que assim lá andam todos os "jornalistas" ;-) 
Como quase todo o terrorista apanhado, Lusvarghi passa da posição de “sou viking cossaco berserk destemido” à do “mamãe, sou jovem cidadão humilhado e ofendido”, queixa-se muito dos “difamadores [que] o condenam à uma desumanização que complementa a ação dos tribunais” (“pessoas má intencionadas deturparam minhas galhofas, sátiras e ironias e até inventaram coisas para me atacar”), se refere à obra de Kafka (embora deveria à do Dostoevski) para falar da seu mágoa com a “corte anônima e invisível”, que “acusam e julgam (...), lamentando que alegadamente seja “condenado sem ser ouvido”.
Rafael Lusvarghi: "EU SOU NAZISTA e desde pivete"....
Para já, tudo evidencia que Lusavrghi tem grandes dúvidas sobre o seu futuro, acusando o Consulado brasileiro em Kyiv de mentir para a família sobre a sua integridade física, e mais do que isso, segundo o terrorista, o Vice-Cônsul do Brasil lhe disse que as autoridades brasileiras não vão fazer nada “nem no evento da sua morte”.

Mas será que Lusvarghi realmente é um terrorista?
Rafael Lusvarghi e os seus comparsas (Rodolfo Cunha Codreiro "Magayver" com a cara descoberta e ex-PM Ronan "Al Hassan" Passos de óculos e shapka idiota) com o canhão de 100 mm "Rapira" num quintal comum de vários prédios habitacionais num bairro residencial. Temos aqui um típico “atentado contra pessoas ou bens cometidos mediante o emprego de bombas, granadas, foguetes, minas, armas de fogo, explosivos ou dispositivos similares”, agravado pelo facto de usaram os moradores dos prédios circunvizinhos como os escudos humanos...
Neste aspeto a posição, alegadamente assumida pelo Vice-Cônsul do Brasil na Ucrânia, é juridicamente blindada pela própria legislação brasileira, nomeadamente, pelo Decreto da Presidência da República do Brasil № 5.938, de 19 de outubro de 2006 que promulgou o Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e Ucrânia, celebrado em Brasília, em 21 de outubro de 2003, e que estabelece a seguinte definição do terrorismo: “o atentado contra pessoas ou bens cometidos mediante o emprego de bombas, granadas, foguetes, minas, armas de fogo, explosivos ou dispositivos similares” (artigo № 3, alínea 5, ponto c) III).

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Blogueiro: dado que o novo advogado do Lusvarghi, Valentim Rybin, esteja ocupado com outros casos, por exemplo, com a defesa dos ex-polícias “Berkut” que recentemente fugiram para federação russa, é compreensível a sua jogada de tentar envolver alguma voz dos “idiotas úteis” brasileiros, que podem (em teoria) se movimentar em defesa do terrorista detido, sob a argumentação “ad nauseam” de gorpi-gorpi, embora não nos parece que seja uma tática ganhadora. 
Rafael Lusvarghi na companhia do terrorista e nazi russo Alexey "Fritz" Milchakov (no meio),conhecido por desfigurar os corpos dos militares ucranianos mortos e se gabar disso na Internet

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