quarta-feira, fevereiro 15, 2017

Substituto do “Givi” e “Motorola” quer tomar toda Ucrânia

Uma semana após a liquidação do terrorista “Givi”, o “mundo russo” preparou o seu substituto, escritor russo Zakhar Prilepin, comissário político de um novo bando terrorista da dita “dnr”, antes disso o “assessor” do chefe da “dnr” Zakharchenko.

Sobre o bando, formado, alegadamente, por 90% dos ex-militares “locais”, sabe-se pouco, o seu “comissário” explica que este foi formado pela sua própria iniciativa e tem como objetivo de “entrar no cavalo branco”, isso é reocupar alguma cidade ou vila ucraniana perto da linha da frente, deixada pelos terroristas russos, face aos avanços das FAU em 2015.

Perguntado sobre os objetivos finais da guerra, Prilepin é direto:
Kiev (Kyiv) é o objetivo final. Não vamos esconder. Kiev (Kyiv) é uma cidade russa. Cidade russa ucraniana. [...] Toda Ucrânia é objetivo. Não poderá haver nenhum outro.

Desejoso trazer o “mundo russo” à toda Ucrânia, o terrorista russo fica irritado quando os jornalistas o perguntam se os seus filhos vivem com ele em Donetsk.
Vocês estão no seu perfeito juízo?, – se insurge o aprendiz do terrorista.
O exemplo da propaganda anti-ucraniana à que se dedica Prilepin na Donbas,
transformando os terroristas e mercenários armados em supostos "mineiros" civis
O fuhrer da dita “dnr”, Alexandr Zakharchenko, escreveu em 13 de fevereiro de 2017 no seu twitter que “Prilepin agiu [...] seguindo as tradições de grande literatura russa. E eu pessoalmente lhe entreguei os galões do major das forças armadas da dnr”.

Por essa e por outras, SBU abriu o processo contra Prilepin, o mercenário russo é acusado ao abrigo da 1ª parte do artigo 258-3 (participação em ações de organização terrorista) e 1ª parte do artigo 258-5 (o financiamento do terrorismo), ambas do Código Penal da Ucrânia.

Embora Prilepin se declara “comissário político”, ou seja, não pretende combater na linha da frente, mas fazer a endoutrinação aos seus comparsas na retaguarda segura, é possível prever que um belo dia ele será liquidado. Digamos que por um “grupo de sabotagem ucraniano” ou outros ilustres desconhecidos. E ai?

O jornalista russo de origem judaica, nascido na Ucrânia, Matvey Ganapolsky, prevê essa situação.
O escritor russo de culto, Victor Pelevin, sobre a ação do Prilepin
O único problema é que quando o nosso romântico, com um sorriso congelado, estará deitado nas ruas de Donetsk com uma bala na testa, na Rússia irão gritar que os ucranianos mataram o grande escritor russo. Não, não será morto o escritor, mas um fascista incorrigível – o agressor, que não apenas está a invadir o vizinho, mas ainda sorrindo, quer escrever sobre isso um romance poético. Olhem, lá, na Rússia, pode ser que parem este . Provoca uma pena. Expliquem-lhe que ele é um que a guerra não é um brinquedo, que ele não é [Lev] Tolstoi. E, embora a poça de sangue no chão irá, de forma linda, contrastar com o seu sorriso congelado, exatamente como ele queria descrever no seu romance, tentem explicar-lhe que o “spetsnaz literário” vive apenas em sua cabeça , e na vida [real] estes românticos de merd@ são seguidos apenas pelas balas. E que melhor “o casamento do cão da literatura” do que a morte de cão.

Bónus
Em 31.01.2017 na Síria foi liquidado militar russo Alexey Naynodin (51), pouquíssima coisa se sabe dele, além de ser um militar de carreira, como mercenário ele participou a guerra na Ucrânia, foi ferido na Donbas. Possivelmente, quer na Ucrânia, quer na Síria estava inserido numa das empresas militares privadas russas, possivelmente no grupo Vagner.  

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