quinta-feira, dezembro 08, 2016

O primeiro caro americano é registado em Cuba em 57 anos

Ainda o ditador cubano Fidel Castro não tinha “arrumado as botas”, o filho dos emigrantes cubanos, Alfonso Albaisa (51), trouxe à “ilha de liberdade” o novo Infiniti Q60. É a primeira viatura americana fabricada para o mercado americano e registada em Cuba (embora apenas temporariamente!) desde 1959.
Albaisa é um designer automotivo apaixonado, com mais de 25 anos de experiência no ramo do design. Em 1988 ele se juntou ao bureau do design de Nissan em San Diego na Califórnia e em 2004 foi nomeado como o diretor do design do Nissan nos EUA. Desde 1 de abril de 2013 Albaisa é diretor executivo do design de Infiniti.
É de recordar que desde 2009, a administração Obama começou a aliviar o embargo cubano, permitindo que os cubano-americanos viajassem livremente de e para a ilha. As restrições para os restantes cidadãos dos EUA têm sido suavizadas desde 2015, embora o turismo puro permaneça proibido (cnet.com).
Em agosto de 1962, dois anos antes do nascimento do Alfonso, os seus pais fugiram de Cuba num voo noturno secreto, pago com o relógio “Rolex” e uma viatura Edsel. Embora Alfonso Albaisa cresceu na Florida, a sua família estava profundamente enraizada em Cuba. Uma tia-avó tinha sido casada com José Martí, considerado o herói nacional; um dos avôs foi governador da província de Camagüey na época do golpe castrista e o tio-avô Max Borges-Recio era um importante arquiteto.
Após um encontro com cerca de 150 designers, arquitetos e artistas cubanos, decorrido no verão de 2016 em Havana, Albaisa disse: “Se a minha família conseguiu escapar da ilha e eu acabei projetando os carros de luxo no Japão, então eles [jovens cubanos] também podem fazer grandes coisas” (fortune.com).
Alfonso Albaisa
Apenas uma coisa a acrescentar, se a família Alfonso Albaisa não conseguisse escapar da ilha comunista, ele estaria reparar um Edesel, Lada ou Niva nada luxuosos, sonhando que também poderia fazer grandes coisas...
Na entrada do famoso clube "Tropicana", projetado pelo tio-avô do Alfonso - Max Borges-Recio
Blogueiro: as pessoas que conhecem a realidade cubana explicam que a matrícula da série “K” significa que a viatura pertence à uma das empresas estrangeiras que estão trabalhando em Cuba. Ou seja, a série “P”, que significa as pessoas físicas particulares, continua sendo um sonho em Cuba que ainda não é livre.

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