domingo, abril 03, 2016

Como se fabrica o “genocídio” de Donbas

Quem acompanha o desenrolar da guerra russo-ucraniana se deve lembrar dos casos em que no outono de 2014 e inverno de 2015, a cidade de Donetsk era atingida pelo fogo aleatório de um morteiro-fantasma, que visava, de forma absolutamente indiscriminada, os diversos bairros residenciais da cidade.

Os separatistas acusavam do sucedido o mítico “grupo de sabotagem ucraniano”, entre os moradores locais se falava sobre o morteiro escondido dentro do camião de lixo com as bordas altas, para dissimular as suas atividades.

O caso mais sangrento se deu em 22 de janeiro de 2015, quando no centro de Donetsk foi atingido um troleicarro, em resultado morreram entre 9 à 13 pessoas. O caso foi reportado na imprensa internacional, Euronews em inglês falava sobre obus ou morteiro, Euronews em português, na voz do Fernando Peneda da “LUSA” falou em “rocket”.
As marcas deixadas pelo engenho mostravam claramente que era um morteiro, cuja maior distância de tiro não ultrapassa 15 km. As forças ucranianas nos arredores do aeroporto de Donetsk (aldeia de Pisky) estavam à uma distância de cerca de 18 km. O que não impediu os terroristas e os seus propagandistas acusarem as forças ucranianas na morte daquelas pessoas.

Os terroristas da “dnr” transformaram a tragédia em um freak show, eles levaram os militares ucranianos aprisionados no aeroporto ao local da tragédia no bairro de Bosse, os espancavam perante as câmaras das televisões russas, também permitindo que a populaça ataque os militares ucranianos com agressões e insultos...
Os terroristas obrigaram os militares ucranianos se ajoelhar para "pedir perdão"
pelo crime cometido pelos próprios terroristas

Algum tempo depois na imprensa passou a informação que os terroristas tinham apanhado o tal grupo de sabotagem, mas todos os seus membros eram cidadãos russos. Ninguém foi preso, a notícia foi imediatamente esquecida e a narrativa oficial da “dnr” hoje em dia fala em “mãos tortas” do operador do morteiro. Tipo, tanto queriam atingir as forças ucranianas que atingiram (por várias vezes) os moradores de Donetsk. O blogueiro ucraniano Denis Kazansky conta que numa recente discussão com blogueiro de Donetsk, Enrique Menendes, que desde sempre representava a linha pró-separatista light, até ser expulso de Donetsk em 2016, este confirmou oralmente que o fogo de morteiro no dia 22 de janeiro de 2015 foi efetuado pelos terroristas.

Outro blogueiro ucraniano, Roman Miroiu, conta que achou na rede social russa o perfil de um dos terroristas que operavam o tal morteiro. O terrorista se chama German Klimov (27), é cidadão russo, natural de Distrito Autónomo de Iamália. Da página do terrorista é possível saber que este nasceu em 10.04.1988 na cidade de Salekhard, foi terrorista em Donetsk, membro de uma unidade especial separatista. Embora também existe a informação não confirmada que ele morreu em dezembro de 2014, a sua página foi visitada/modificada pela última vez em 16 de março de 2016...
German Klimov: o terrorista no meio sem o boné
No entanto, os propagandistas sabem que a memória das pessoas é curtíssima e já a página br.sputniknews conta que o povoado ucraniano de Zaitseve foi bombardeado pelo morteiro com a inscrição “кохаю” (ou seja “te amo” em ucraniano).

Anúncio em Donetsk

Ajudem encontrar o nosso filhinho, o pai do pequeno Dimitrinho [...] desapareceu por culpa do comandante da unidade militar 08802  [...] em 29 de novembro de 2015” (fonte).
O filhinho de 30 anos se juntou aos separatistas para matar os ucranianos, no fim, desapareceu em combate. Mas que pena! Mas como pode!

Suicídio à dnr
Na cidade de Donetsk, num dos centros comerciais da cidade, usando o corrimão para se deslizar se matou um terrorista russo, conhecido pelo nome de Sergei e natural da cidade russa de Ryazan. As testemunhas contam que no estado alcoolizado, o homem estava deslizar do terceiro piso do edifício quando se escorregou e caiu no chão, tendo a morte instantânea. A página Lystok informa que o corpo já foi levado para ser sepultado na federação russa. 

1 comentário:

Anónimo disse...

Que bom! Menos um terrorista pra matar ucranianos. Esse fato e para ser comemorado. Espero que mais deles não de trabalho para a FAU e os batalhões de autodefesa.