sábado, outubro 31, 2015

O caso dos “médicos – assassinos”

A perseguição dos funcionários da Biblioteca ucraniana de Moscovo, cada vez mais assemelha-se ao Caso dos médicos, também conhecido como “O caso da conspiração sionista no MGB”, campanha de cariz antisemita que começou na União Soviética em 1948 e terminou em 1953, quase imediatamente após a morte do Estaline.

“Os espiões e assassinos ignóbeis mascarados de professores médicos” (artigo corrigido pessoalmente pelo Estaline e publicado no jornal “Pravda” em 13 janeiro de 1953).
Hoje (a agência) TASS publica a crónica da prisão de médicos – danificadores. Este grupo terrorista, descoberto há algum tempo pelos órgãos de segurança do Estado, teve como objetivo, através do tratamento médico destrutivo, encurtar a vida útil dos líderes ativos da União Soviética.

A investigação estabeleceu que os membros do grupo terrorista, usando a sua posição de médicos e abusando da confiança dos pacientes, deliberadamente, maliciosamente comprometiam a sua saúde, faziam os diagnósticos incorretos e, em seguida, destruíam os pacientes com o tratamento errado. Sob o disfarce do título elevado e nobre de médico – o homem de ciência, esses monstros e assassinos pisotearam a sagrada bandeira da ciência. Ao embarcar no caminho de crimes monstruosos, eles profanaram a honra de cientistas.

As vítimas desse bando de bestas humanóides se tornaram os camaradas A. A. Zhdanov e A. Shcherbakov. Os criminosos confessaram que, aproveitando a doença do camarada Zhdanov, ocultaram deliberadamente o seu infarto do miocárdio, prescreveram o regime contraproducente à essa doença grave e, assim, mataram o camarada Zhdanov. Os médicos-assassinos, aplicando erradamente os meios medicamentosos potentes e estabelecendo o regime desastroso, reduziram a vida do camarada Shcherbakov, levando-o até a morte.

Primeiramente, os criminosos tentavam minar a saúde dos quadros da liderança militar soviética, retira-los de circulação e, assim, enfraquecer a defesa do país. A prisão de criminosos invalidou os seus planos malignos, impediu-os à alcançar o seu objetivo monstruoso.
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[O artigo continua no mesmo tom agressivo, “desmascarando” os “monstros”, os “traidores desprezíveis da Pátria”]
A maioria dos membros do grupo terrorista – Vovsi, B. Kogan, Feldman, Grinstein, Etinger e outros – foram comprados pela inteligência americana. Eles foram recrutados pela ramificação da inteligência americana – a organização internacional burguesa – nacionalista judaica “Joint”.
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Apoiado por um grupo de deprovados nacionalistas judeus burgueses, espiões e terroristas profissionais do “Joint”, à mando e sob a direção de inteligência americana, lançaram a sua atividade subversiva no território da União Soviética. Como mostrou durante a investigação o detido Vovsi, ele recebeu a directiva do “extermínio dos quadros dirigentes da União Soviética” dos Estados Unidos. Esta directiva foi lhe passada em nome da organização de espionagem terrorista “Joint”, pelo médico Shimeliovich e bem conhecido nacionalista burguês judaico Mikhoels.
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Outros participantes do grupo terrorista (Vinogradov, M. Kogan, Yegorov) são, como agora foi comprovado, os antigos agentes da inteligência britânica, servem-a desde o longo período,executando as suas tarefas mais criminosas e sujas.
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[O artigo recorda a teoria do Estaline (“como ensinou o Lenin imortal, como ensina o camarada Estaline”) sobre a intensificação da luta de classes: “quando o mais bem sucedido será o nosso progresso, mais aguda será a luta dos inimigos do povo, condenado à morte, levados ao desespero” e termina com a seguinte passagem]

O povo soviético, com a raiva e indignação denuncia a quadrilha criminosa de assassinos e seus mestres estrangeiros. Mercenários desprezíveis, vendidos por dólares e libras, ele (povo) os esmagará como um réptil repugnante.

Ver o texto original e a corretura do artigo pelo Estaline:

Blogueiro: o processo contra os “médicos-assassinos”, foi encerrado pela ordem direta do Lavreniy Beria apenas uma semana após a morte do Estaline. Beria, apenas o bandido, ao contrário do Estaline, bandido e comunista, não era antisemita e não via nenhuma utilidade na perseguição da elite médica soviética, composta, em larga escala pelos judeus, dado que o sistema soviético limitava a sua progressão na carreira, por exemplo, no exército e nos serviços de segurança. 

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