sexta-feira, outubro 16, 2015

14 de outubro de 1942 é a data de formação do UPA

14 de outubro de 1942 é a data simbólica de formação do Exército Insurgente da Ucrânia (UPA), a ala militar do movimento de libertação nacional da Ucrânia, OUN-UPA, que combateu primeiro os nazis e mais tarde os invasores soviéticos.
O número dos seus efetivos em 1944: 30.000 – 40.000 combatentes, controlando parcialmente o território de 150.000 km² com a população de 15 milhões de habitantes. No total, pelas fileiras do UPA passaram cerca de 100.000 ucranianos, pelo apoio e participação na resistência, cerca de 500.000 ucranianos se tornaram alvo das repressões soviéticas. Os dados da administração soviética apontam que entre 1944 à 1953 os ocupantes mataram 153.000 ucranianos; 134.000 foram presos e 200.000 deportados para a Sibéria. O último combate conhecido do UPA teve o lugar em 12 de abril de 1960. O último combatente do UPA vivo, Illia  “Kobzar” Oberyshyn, saiu da clandestinidade no dia 3 de dezembro de 1991, 2 dias após o referendo popular que confirmou a Independência da Ucrânia.
Ver as fotos do UPA:

Publicados novos documentos da OUN

O arquivo dos Movimentos de Libertação Nacional da Ucrânia colocou à consulta pública os 63 documentos da OUN, descobertos em 2014 na região de Khmelnitskiy. O bidão do leite continha diversos objetos pessoais dos insurgentes ucranianos e 81 documentos, 18 dos quais ainda estão no processo do restauro. Sabe-se que o arquivo que passou mais de 60 anos enterrado, foi mantido pelas duas datilógrafas, «Larysa» e «Tamara».
O arquivo foi enterrado por volta de 1950, a maioria dos documentos são datados entre 1945 e 1950. Arquivo possuía as 8 fotos dos resistentes, parte deles foi identificada. Uma delas é datilógrafa “Tamara”, alias Mykhailyna Holinata. No dia 26 de dezembro de 1949 a kryjivka (esconderijo), usado pela liderança distrital de OUN foi descoberta pelo NKVD. Durante o combate, “Tamara” foi ferida, capturada e enviada ao hospital distrital, onde ela arrancou as ligaduras dos seus ferimentos e morreu do sangramento. Tive apenas 23 anos...
A sua irmã mais nova, Ivanna Holinata-Korol, também membro da resistência, conta que uma vez perguntou “Tamara” se está não pensaria sair da guerrilha ativa. Mykhailyna respondeu com as palavras do poeta ucraniano Ivan Franko: “Que direito tem você, cabecinha sobrevivente, em se preocupar com a sua própria salvação, onde o milhão morre?” (fonte).

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