quinta-feira, julho 10, 2014

Quem são os nazis na Ucrânia? (III)

Recentemente, recebemos um comentário do nosso leitor que está se insurgindo contra aquilo que chama de “xingamento” do bom rapaz Alexey “Fritz” Milchakov. Não sabemos se o mesmo leitor possui a capacidade de análise, pois o artigo estava mais que claro: não chamamos “Fritz” de nazi por, simplesmente, não gostar dele, constatamos que o rapaz demonstra inequivocamente (através de tatuagens, imagens e atos) que é adepto das ideias do nacional-socialismo alemão. A ideologia, que ao par do comunismo, é responsável pela morte, sofrimento e genocídios dos diversos povos e nações ao redor do mundo.

Mas os “nazis anti-fascistas” não param de ir a Ucrânia, desejosos de combater a “junta sangrenta de Kiev”. Vejam o caso do Anton Raevsky (11.03.1985), cidadão russo, morador de São Petersburgo, membro da organização neo-nazi russa “Centena Negra”, que imita a simbologia do 3º Reich e usa as palavras de ordem como “Rússia para os russos” e promete não “vergar perante o chassidismo”.

Em março de 2014 Raevsky foi detido pela secreta ucraniana SBU na cidade de Odessa, onde tentava criar um grupo de sabotagem com objetivos de desestabilização da situação na Ucrânia. O neo-nazi exortava publicamente “matar os ucranianos e judeus”, promovia a ideia de invasão da Ucrânia pelo exército russo. Após a detenção, foi deportado da Ucrânia com a proibição de visitar o país novamente.

Mas não desarmou e neste momento se encontra ilegalmente em Donetsk, onde com as armas nas mãos luta “pela nova Rússia” e contra os “nacionalistas ucranianos”.

O nosso “anti-fascista” tem os sonhos futuristas que partilha com os leitores do seu perfil numa das redes sociais: “Quando a guerra acabar e a nova Rússia começar a reforçar a sua autoridade ao nível local, aos aqueles que participaram nas milícias, será dada a oportunidade de se juntar às fileiras das forças de segurança. Eu já decidi que eu irei servir na polícia. Seria nada mau criar (uma estrutura policial) que lutará não com o “fascismo russo”, mas com todas as formas de russofóbia”.

Nem queremos imaginar o que poderia ser classificado de “russofóbia” pelas criaturas que tatuam as suásticas e imagens do Hitler no seu próprio corpo, mas que estão decididos matar os ucranianos pela simples recusa de conviver com as tais ideologias xenófobas.

Uma verdadeira salada ideológica russa é o marco próprio destes novos “nazis anti-fascistas” (VK): sem nenhum problema juntam adoração ao Hitler e ao Estaline, seguem o nazismo e anti-fascismo; odeiam os judeus e ucranianos, advogando “o internacionalismo” e pretendendo instalar uma “Rússia para os russos”... 

A pesquisa e os scans do perfil do Reaevsky @ blogueiro ucraniano ibigdan

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