quinta-feira, abril 18, 2024

A oposição liberal russa: entre amor ao Grande Império e ódio à Ucrânia *

Imagem ilustrativa

O Ocidente ainda não entendeu por que os ucranianos sentem-se insultados pelo flerte ocidental com os «navalistas». O problema não é apenas o modo imperialista destes, mas o facto de terem repetidamente falado contra armar Ucrânia. O próprio Navalny e sua equipa/e fizeram isso. 

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“Não creio que o fornecimento de armas, armas letais, vá mudar drasticamente a situação”, disse Navalny. “O facto é que uma vitória militar da Ucrânia sobre a Rússia é impossível. Putin obterá novos factos de que são os americanos que estão a travar a guerra na Ucrânia e não os ucranianos.”

Em vez de armamento para a Ucrânia, disse Navalny, um programa amplamente alargado de proibições de viagens ocidentais contra apoiantes do Kremlin faria muito mais para estimular mudanças políticas.

Depois de apelar ao não envio de armas para a Ucrânia em 2015, em 2021, a partir da sua cela de prisão, Navalny criticou o envio dos Javelin para Ucrânia em vez de financiar o seu canal no YouTube. Dirigir-se aos russos através do YouTube (que pode ser facilmente bloqueado) é mais importante, dizia ele. 

Em 2022, o principal assessor de Navalny, Leonid Volkov, classificou as doações para o exército ucraniano como uma «estupidez total» na sua entrevista programáticaao jornal Novaya Gazeta, mas gabou-se de ter gasto 2 milhões de euros de dinheiro doado para um canal do YouTube na rússia. 

Em 2022, o principal responsável da fundação de Navalny, Pevchikh, publicou uma enorme investigação sobre desvio de fundos em empresas russas produtoras de mísseis. Ela alegou que “as pessoas roubam a produção de mísseis e as capacidades de defesa do país”. Como se fosse algo ruim. Putin a ouviu e melhorou os procedimentos. 

Em 2024, já após a morte de Alexei Navalny, Yuliya Navalnaya fez o seu discurso no Parlamento Europeu e afirmou que nem as sanções (sectoriais) contra a Rússia, nem o apoio financeiro à Ucrânia, nem as armas para a Ucrânia funcionaram. Ela literalmente repetiu a lógica dos trolls do Kremlin.

Novamente: todos os exemplos acima não são sobre atitude nacionalista, priorização dos interesses da rússia, etc. Trata-se de uma coisa: armas para a Ucrânia e armas para a rússia. Os navalnistas instaram repetidamente a não apoiar a Ucrânia com armas e identificaram problemas na indústria de armas da rússia. 

Há um paralelo com a emigração monárquica russa das décadas de 1920-30, a dita «rússia branca», muito explicativo. Eles eram contra os bolcheviques, mas a favor de um Grande Império Russo. 

Fonte 

* Título da responsabilidade do nosso blogue

A chantagem nuclear de putin ameaça toda a Europa

A probabilidade de os militares russos e os especialistas da Rosatom cometerem um acto de sabotagem na central nuclear de Zaporizhzhia (ZNPP), com consequências potencialmente catastróficas, continua a ser a mais elevada. Afinal de contas, o terrorismo nuclear faz parte do conjunto de ferramentas tradicional da rússia. 

O Kremlin ameaçou repetidamente o mundo com armas nucleares, enquanto as forças invasoras russas transformaram a maior central nuclear da Europa praticamente numa base militar. Desde os primeiros dias da invasão em grande escala da Ucrânia, a federação russa tomou medidas sem precedentes ao capturar as centrais nucleares de Chornobyl e Zaporizhzhia. Estes são os primeiros casos deste tipo na história mundial, constituindo uma violação grosseira do direito atómico internacional. 

“Estamos perigosamente perto de um acidente nuclear”, disse o chefe da AIEA, Rafael Grossi, ao Conselho de Segurança da ONU em 15 de abril de 2024, enquanto falava do recente bombardeamento da ZNPP. Deve recordar-se que em Julho de 2023, durante uma visita ao ZNPP, os inspectores da AIEA encontraram minas antipessoal plantadas na zona tampão entre as vedações exteriores e interiores ao longo do perímetro da central. Como isso pode ser aceitável em uma instalação nuclear? 

E há apenas uma semana, o ZNPP foi alvo de um ataque de drone, pela primeira vez desde Novembro de 2022. Um dos ataques teve como alvo a cúpula protectora do reactor 6, e mais dois atingiram objectos perto dos edifícios que albergam os reactores nucleares. Pelo menos uma pessoa ficou ferida. O Kremlin, como sempre, apressou-se em culpar a Ucrânia. Em resposta, a Energoatom, administrada pelo governo ucraniano, afirmou que tais acusações infundadas são uma tentativa de Moscovo de esconder as suas próprias intenções. O facto de os invasores russos terem decidido simular um ataque ucraniano ao ZNPP utilizando drones foi destacado num estudo realizado por analistas militares da McKenzie baseados no Reino Unido, encomendado pela Greenpeace Alemanha. As declarações do governo russo sobre alegados ataques de drones ucranianos à ZNPP contêm sinais de que foram encenados pela rússia, afirmou o relatório, acrescentando que os UAV foram lançados a partir da área perto da central e, portanto, poderiam ter chegado de território controlado pela rússia. 

A ocupação das centrais nucleares de Enerhodar e Zaporizhia representa uma das ameaças mais significativas à segurança europeia. As tropas russas na central nuclear de Zaporizhzhia pressionam o pessoal da fábrica, o que afecta directamente a sua operação segura e a capacidade de responder rapidamente às crises. Evidências crescentes de testemunhas oculares indicam que, desde o início da ocupação, os militares russos e a Rosatom lançaram uma campanha sistemática e em grande escala de raptos, tortura e assassinato de pessoal da ZNPP e de residentes de Enerhodar. 

Putin continua a chantagear todo o mundo civilizado com um desastre nuclear na maior central nuclear da Europa. Trata-se de terrorismo nuclear deliberado, utilizado para atingir objectivos políticos. A única forma de evitar uma catástrofe na central nuclear de Zaporizhzhia é desocupar a instalação e transferi-la novamente para o controlo da Ucrânia. Para este fim, a ONU, a AIEA e as democracias ocidentais devem aumentar a pressão sobre a federação russa. Só através de esforços coordenados e conjuntos o verdadeiro “átomo pacífico” poderá regressar à Europa.

quarta-feira, abril 17, 2024

Ucrânia atinge os alvos russos na Crimeia, em Samara e Kazan

Em Dzhankoy, na Crimeia ocupada, ocorreram fortes explosões num campo de aviação militar, onde estão estacionadas as principais forças russas - helicópteros de ataque e lançadores de mísseis S-300/S-400. 
Base aérea de Djankoi antes do ataque
Resultados preliminares do ataque ao aeródromo de Dzhankoi. Equipamentos danificados ou destruídos: 

  • 3 lançadores S-400
  • 1 radar S-400
  • 2 lançadores S-300
  • O paiol de mísseis para S-300/400
  • Pessoal: 15 feridos e 22 desaparecidos 

Presumivelmente, houve dois ataques - com mísseis MGM-140 ATATSMS e Storm Shadow. Mas o satélite registrou 6 incêndios no campo de aviação próximo. Até 3 lançadores de sistemas de defesa aérea S-400 Triumph foram destruídos. Os TG canais russos também escrevem sobre a destruição de um armazém com mísseis Zircon, mas sem a confirmação. 



No aeródromo de Djankoi está estacionado o 39º regimento de helicópteros da 27ª divisão de aviação mista do 4º Comando da Força Aérea russa e de Defesa Aérea do Distrito Militar Sul. 

Em 17 de abril de 2024, um helicóptero de transporte Mi-8 foi destruído no campo de aviação Kryazh, na cidade de Samara. Foi usado para transportar armas e pessoal. O seu custo pode variar de 10 à 15 milhões de dólares. 

Drones desconhecidos atacaram a fábrica de aeronaves «Gorbunov» em Kazan (Tartaristão), onde são produzidos os bombardeiros estratégicos Tu-22M e Tu-160M. ​​​​ 

Em jeito de «resposta», na manhã de 17 de abril, a rússia atacou o centro da cidade ucraniana de Chernihiv com três mísseis de cruzeiro «Iskander». 14 civis ucranianos foram mortos, cerca de 50 feridos. O que poderia ser evitado se os EUA tivessem prestado devida e atempada assistência militar.





A sobrevivência da NATO depende da sua ajuda militar à Ucrânia

Vista da casa de máquinas destruída da Fábrica/Usina Térmica de Trypillia, na região de Kyiv, após um ataque de mísseis russos em 11 de abril de 2024 (Foto: Kostiantyn Liberov/Libkos/Getty Images)

A necessidade urgente de repensar a ameaça russa e de aumentar a assistência à Ucrânia é a chave para a sobrevivência dos países europeus e da NATO. O fornecimento adicional de sistemas de defesa aérea e antimísseis ajudará a proteger não só a Ucrânia, mas também toda a Europa.

Durante os quatro meses de 2024, a Rússia disparou quase 1.000 mísseis, cerca de 2.800 drones de ataque Shahed e cerca de 7.000 bombas aéreas guiadas contra Ucrânia. Apenas 3% deles atingiram alvos militares, os restantes 97% atingiram infra-estruturas civis. 

Em 22 de março, o Kremlin iniciou uma nova etapa de bombardeios em massa, que agora visa destruir o sistema energético ucraniano. Assim, os ocupantes russos usaram 88 mísseis e 63 drones contra Ucrânia, que se tornou o maior ataque à rede eléctrica durante a guerra russo-ucraniana. Em particular, os russos atingiram a Estação Hidrelétrica de Dnieper (DniproHES). Duas centrais combinadas de calor e energia (CHP) na região de Kharkiv também foram destruídas. Como resultado, Kharkiv perdeu as suas principais capacidades de geração de energia térmica e elétrica. Causou um apagão, deixando cerca de 70 mil cidadãos de Kharkiv sem fornecimento de energia. Até hoje, a eletricidade é fornecida dentro do cronograma. Mas e os hospitais, maternidades, creches (escolas, jardins de infância)? Eles precisam de um fornecimento constante de energia. 

Na noite de 29 de Março, as forças de ocupação russas lançaram outro poderoso míssil e ataque aéreo contra instalações no sector de combustíveis e energia da Ucrânia. As forças russas usaram 99 armas de ataque aéreo: 60 drones e 39 mísseis de vários tipos. Como resultado do ataque, as centrais térmicas e hidroeléctricas nas regiões central e ocidental da Ucrânia foram danificadas, e a Central Hidroeléctrica de Kaniv e a Central Hidroeléctrica de Dniester também foram atacadas por mísseis russos. 

O próximo ataque insidioso dos russos ocorreu em 11 de abril. A federação russa disparou mais de 40 mísseis e cerca de mais 40 drones contra instalações de infraestrutura crítica em Kharkiv e na região, bem como nas regiões de Kyiv, Zaporizhzhia, Odesa e Lviv. A Fábrica/Usina Térmica Trypilska foi destruída. Foi o maior da região de Kyiv, o principal fornecedor de eletricidade para as regiões de Kyiv, Cherkasy e Zhytomyr. 

Após estes três poderosos ataques russos, 80 centrais térmicas ucranianas foram destruídas! 

O Representante Permanente da Ucrânia junto da ONU, Sergiy Kyslytsa, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, falou sobre as ações criminosas do Kremlin, incluindo no setor energético, sublinhando que “Mesmo que os regimes de Putin e Hitler não sejam gémeos idênticos, eles compartilham o mesmo ADN tóxico.” Estarão a Europa e o mundo inteiro prontos para continuar a assistir aos actos fascistas de Putin na Ucrânia? A Rússia deve assumir total responsabilidade pelo genocídio do povo ucraniano. 

Os parceiros europeus ainda estão a considerar o apelo do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmitro Kuleba, para fornecer pelo menos mais 5 a 7 sistemas Patriot à Ucrânia. Mas até agora os parceiros não querem compartilhá-los, embora tenham mais de 100 desses complexos em seu arsenal. Ucrânia não pode esperar. Afinal, tendo invadido a Ucrânia, Putin não vai parar. As próximas vítimas do agressor serão a Moldávia, os países bálticos e outros países europeus. 

A Presidente da Moldova, Maia Sandu, está bem ciente do facto de que a Moldova está sob ameaça. O reforço da defesa aérea ucraniana no contexto dos últimos ataques massivos da Rússia contra a energia tornou-se o principal tema das negociações entre Maia Sandu e a ministra da Defesa holandesa, Kaisa Ollongren. “Como a maior central eléctrica da região de Kyiv foi destruída por um míssil russo na noite passada, enfatizei a necessidade urgente de mais sistemas de defesa aérea para a Ucrânia”, enfatizou o Presidente da Moldova. 

Após a próxima reeleição de Putin, a rússia começou a destruir sistematicamente o complexo energético da Ucrânia: centrais térmicas, subestações, barragens. O objectivo do Kremlin é destruir a energia ucraniana e depois a indústria, tornando a vida na Ucrânia impossível para muitas pessoas. Esta tática é um típico crime de guerra. A rússia está em guerra com a população civil há mais de dois anos, causando perdas e sofrimento. A rússia é um estado terrorista que deveria estar em completo isolamento internacional. 

A impunidade de Putin encoraja-o a cometer mais crimes de guerra, que poderão em breve estar muito além das fronteiras da Ucrânia. A necessidade urgente de repensar a ameaça russa e de aumentar a assistência à Ucrânia é a chave para a sobrevivência dos países europeus e da NATO. O fornecimento adicional de sistemas de defesa aérea e antimísseis ajudará a proteger não só a Ucrânia, mas também toda a Europa.

domingo, abril 14, 2024

A rússia certamente perderá na Ucrânia, avalia um especialista chinês

O professor da Universidade de Pequim, Feng Yujun, publicou um artigo no The Economist apontando 8 razões pelas quais a Rússia perderá na Ucrânia, numa guerra que, segundo ele, prejudicou as relações sino-russas. 

A guerra entre a rússia e Ucrânia foi catastrófica para ambos os países. Com nenhum dos lados desfrutando de uma vantagem esmagadora e as suas posições políticas completamente em desacordo, é pouco provável que os combates terminem em breve. Porém, uma coisa é certa: o conflito é um divisor de águas do pós-guerra fria que terá um impacto global profundo e duradouro. 

Quatro fatores principais influenciarão o curso da guerra. O primeiro é o nível de resistência e unidade nacional demonstrado pelos ucranianos, que até agora tem sido extraordinário. A segunda é o apoio internacional à Ucrânia, que, embora recentemente tenha ficado aquém das expectativas do país, continua a ser amplo. 

8 razões pelas quais a Rússia perderá e Ucrânia vencerá, segundo o professor Yujun:

1. Putin caiu num “casulo de informação”: ele não opera com informações reais verificadas e o seu sistema de gestão não possui um mecanismo eficaz de depuração e correção. Ucrânia, apesar de todas as suas deficiências, é muito mais flexível e eficiente.

2. O sucesso na guerra moderna é assegurado pela concorrência nos sistemas de comando, controlo, comunicações e inteligência, bem como no poder industrial. A base industrial da rússia nunca alcançará o potencial da URSS.

3. Forte resistência e unidade do povo da Ucrânia.

4. Apoio internacional à Ucrânia.

5. A rússia será forçada a retirar-se de todos os territórios ucranianos ocupados, incluindo a Crimeia, a fim de evitar a derrota.

6. A capacidade nuclear não é garantia de sucesso. Os Estados Unidos retiraram-se em tempos do Vietname, da Coreia e do Afeganistão, embora não tenham menos potencial nuclear do que o Kremlin tem agora.

7. Ucrânia provou que Moscovo não é invencível, pelo que uma trégua de acordo com o cenário “coreano” está excluída.

8. putin está em completo isolamento e tem pouco controlo sobre a situação política interna: a rebelião de Prigozhin, a eterna tensão interétnica e inter-religiosa, os ataques terroristas e o descontentamento de uma parte significativa do exército são prova disso.

Depois da guerra, a Ucrânia aderirá definitivamente à UE e à NATO, e Moscovo ainda perderá as suas colónias. O professor também defende a reforma da ONU e a redução do papel dos membros permanentes do Conselho de Segurança (incluindo a federação russa).

quinta-feira, abril 11, 2024

Pesquisa artística da cultura da tatuagem na sociedade ucraniana

O fotógrafo ucraniano Andriy Kotlyarchuk apresenta as tatoos dos militares, voluntários, membros da defesa territorial, Guarda Nacional e policiais ucranianos. 





























Câmera Cambo, lente de bronze Heliar de 240 mm (1922), película Ilford de 4x5 polegadas.

Pornógrafo infantil americano entra no exército russo

A propaganda russa apresenta um «voluntário americano», que supostamente se juntou ao exército russo depois de fugir de acusações de pornografia infantil nos EUA. Se trata de Wilmer Puello-Mota, acusado em 2020 de posse de pornografia infantil

Vários canais TG russos pró-guerra compartilharam um vídeo nos últimos dias que mostram um “ex-soldado americano chamado Wil”, falando sobre sua experiência ao ingressar no exército russo e participar na batalha por Avdiivka. 

Segundo jornalistas do canal independente Agentstvo, o homem do vídeo é Wilmer Puello-Mota, um ex-vereador de 27 anos de Holyoke, Massachusetts, que foi acusado em 2020 de posse de pornografia infantil, bem como de obstrução, falsificação e contrafação. O julgamento de Puello-Mota estava marcado para começar em janeiro de 2024. Um tribunal de Rhode Island teria emitido um mandado de prisão depois que ele não compareceu a uma audiência. 

O vídeo que circula no Telegram indica que Puello-Mota assinou um contrato com o Ministério da Defesa russo num ponto de selecção em Khanty-Mansiysk, na Sibéria Ocidental. Dessa forma o «mundo russo» recebe, de braços abertos, mais um defensor dos «valores conservativos», após o pedófilo condenado Scott Ritter ou Steven Seagal, muito ativo na área do assédio sexual.

quarta-feira, abril 10, 2024

A rússia e a extrema direita: percepções de dez países europeus

A influência da rússia sobre os meios extremistas violentos de extrema-direita/motivação racial ou étnica (REMVE) na Europa é multifacetada e complexa. Envolve atividades diretas, como financiamento ou apoio político, bem como atividades indiretas, como campanhas de desinformação. 

Em alguns casos, a rússia esteve associada, ainda que remotamente, a alguns incidentes violentos de extrema-direita na Europa, incluindo a alegada tentativa de golpe de estado por parte do movimento soberano Reichsburger, na Alemanha. Reconhecendo a política cada vez mais conflituosa da rússia em relação à Europa e a crescente ameaça do extremismo de extrema direita na Europa, este livro analisa completa e sistematicamente a relação da rússia com diversos actores de extrema direita em dez países europeus ao longo da última década. Os países abrangidos neste livro incluem Áustria, República Checa, França, Alemanha, Hungria, Itália, Polónia, Sérvia, Eslováquia e Suécia. Os capítulos são de autoria de alguns dos especialistas mais respeitados do mundo em extremismo e influência russa. 

No geral, este volume editado é a primeira tentativa abrangente de mapear o âmbito e a profundidade da influência russa sobre o extremismo de extrema direita na Europa, resultando na identificação de padrões-chave de influência e oferecendo algumas recomendações possíveis para combatê-lo. Este livro é tanto um trabalho académico de referência como um alerta e um guia de acção para os decisores políticos europeus. 

Ler o livro e descarregar/baixar em PDF

A vida no campo de prisioneiros de guerra russos “Zakhid-2”

A reportagem fotográfica do campo de prisioneiros de guerra russos “Zakhid-2”, que recebeu os primeiros prisioneiros russos no final de 2023. No total, na Ucrânia, estão presos cerca de 2.500 POW russos. 

As condições de detenção no campo cumprem todos os requisitos do direito humanitário internacional. Cada prisioneiro de guerra recebe um dormitório separado, acesso a cuidados médicos e três refeições quentes por dia. Do acampamento os POW´s ainda pode fazer ligações para casa usando telefonia IP, receber encomendas e transferências de dinheiro dos parentes. 









Localizado bem na retaguarda, junto à fonteira com Moldova, o campo Zakhid-2 é regularmente inspecionado por representantes do Comité Internacional da Cruz Vermelha e visitado por organizações internacionais de direitos humanos e pela mídia. O CICV também está ajudando ativamente na reforma das instalações do campo. 

O fluxo constante de novos prisioneiros de guerra, bem como o bloqueio das trocas por parte da federação russa, faz com que os locais onde estão detidos estejam simplesmente a ficar sem espaço. Um novo campo de prisioneiros de guerra, Zakhid-3, começará a operar muito em breve. Também estão em andamento trabalhos para criar um outro campo de prisioneiros de guerra, Zakhid-4. 

Ucrânia cumpre as suas obrigações decorrentes das Convenções de Genebra e confirma-o com a maior abertura possível. Exige-se o mesmo do lado russo: permitir que observadores internacionais do CICV visitem prisioneiros de guerra ucranianos e reféns civis ucranianos, presos na federação russa; respeitar os direitos dos prisioneiros de guerra, em conformidade com as Convenções de Genebra e o direito humanitário internacional, garantindo condições de detenção humanas; desbloquear a criação de comissões médicas mistas. 

O filme documental dos jornalistas russos da publicação online The Insider, eles filmaram uma história sobre o campo de prisioneiros de guerra “Zakhid-2”, mostrando as condições de vida e o modo de vida dos POW russos que, ao serem capturados, tiveram a sorte de sobreviver à guerra:

 

Uma nova execução dos POW ucranianos 

Os militares russos executaram novamente os prisioneiros de guerra ucranianos. Desta vez na área de Krynky, na margem esquerda da região de Kherson. 

Outro crime de guerra, além da crueldade e da maldade, revelou a estupidez de quem o cometeu. Não só tudo aconteceu numa secção específica da frente, onde é muito difícil esconder as suas ações do inimigo, como os ocupantes também “se gabaram” publicando um vídeo da execução online. 

A Ucrânia já iniciou uma investigação. Segundo alguns relatos, já se sabe não só qual unidade militar das Forças Armadas russas fez isso, mas também o nome de quem deu a ordem criminal. 

Lembramos que os crimes de guerra e os crimes contra a humanidade não têm prazo de prescrição. Cada ato semelhante de representantes do exército de sádicos e assassinos é registado e não ficará impune.